2014 é um ano que tem alguns acontecimentos que afetam diretamente o mercado.
A Copa do Mundo e toda a repercussão que está sendo gerada pelas manifestações tem afetado o mercado como um todo, gerando desconfiança nas empresas que aqui estão alocadas e em suas matrizes.
Temos também a eleição no final do ano que traz outros efeitos como dúvidas em relação a qual será o novo governo e que política irá adotar. Em paralelo a isto, ainda relativo à eleição, o atual governo não pode mais gastar verbas a partir da metade do ano e isto também afeta diversos mercados.
Com todo este cenário, vários setores da indústria já estão sentindo uma forte redução nas vendas e muito já se fala em crise.
Neste cenário qual é o papel da área de Compras nas empresas? Somente acompanhar a tendência de mercado, informar aos fornecedores a redução dos pedidos nos próximos meses e aguardar o mercado reagir?
Com certeza é muito mais do que isso. Em tempos de crise a área de Compras é ainda mais demandada a apresentar resultados.
Cada compra spot deve ser extremamente negociada de forma e se gerar mais economia no momento atual; todos os negócios / contratos já fechados devem ser revisados de forma a se buscar mais economias; oportunidades de “insourcing” aparecem com a redução do volume de produção interno da empresa e devem ser suportados por Compras; e outras atividades que são passadas à Compras nestes momentos como pesquisa de novos materiais, equipamentos, etc.
Todo este trabalho “extra” acaba sendo cumulativo com o que já é feito pela área e por isto acaba demandado mais da equipe nestes momentos.
Porém, mesmo com toda a necessidade da empresa de busca de mais economias neste cenário, o papel mais importante de Compras é saber quais são os fornecedores estratégicos que devem ser suportados e ajudados neste momento de forma a estarem preparados (os fornecedores e sua empresa) para a retomada produtiva quando esta acontecer.
Portanto mesmo com toda a pressão do momento para redução de despesas e controle de gastos, cada decisão deve ser muito bem analisada não se pensando somente no momento atual, mas lembrando que a “crise” é passageira e que a empresa voltará a precisar dos fornecedores novamente em futuro breve.
Até o próximo artigo.